quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Amor e arte - terapia!


Assim como o corpo físico já traz em si os recursos necessários à sua regeneração quando adoece, penso que também  temos recursos psíquicos, componentes do próprio psiquismo, que tendem a retornar ao equilíbrio.
(As mandalas me parecem tão organizadas!) O doente mental  tem a mente desordenada e os pensamentos fragmentados . O exercício de produzir uma arte pode mesmo, aos poucos, alterar as formas de pensar. As mandalas comprovam isso ... talvez ...
Respeitar o jeito de ser do outro. São loucos aqueles que estão no manicômio? Ou apenas pensam e vivem diferentes de nós? Devemos então querer trazê-los de volta para o que chamamos de realidade? Ou será que devemos nos perguntar em que mundo eles sofreriam menos? É uma pena que as famílias não tenham coragem de amar verdadeiramente os seus entes. Talvez seja vergonhoso. É perigoso ter um doente mental dentro de casa? E então o que dizer dos perigos que estão pelas ruas? O parente louco é mandado para o manicômio. E os da rua? Não, perigo sempre haverá. E a melhor terapêutica ainda é o amor. Ele está em falta. Às vezes ele até existe, mas sem coragem suficiente para tornar-se atitude.
Pessoa corajosa que conheci, com o amor a que me refiro, foi a minha Nona. Ela poderia ter mandado o Tio Tilo para algum lugar e ficado mais tranquila. Ela não se envergonhou dele. Assumiu com uma clareza de consciência a sua responsabilidade perante a sociedade, a sua família e perante Deus também. Até o fim de seus dias teve paciência de mãe (só às vezes perdia) que ensina ao seu filho pequeno as coisas mais básicas como comer, vestir, não falar palavrões, etc. Ele já não era mais um menino fazia tempo ... ao menos fisicamente.

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