sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mente


Uma condição primordial para que o nosso desejo se realize é focar no resultado que queremos, porque a nossa força sempre está no foco. Enquanto que se colocarmos a nossa força no meio e não no fim permaneceremos eternamente na tentativa, nesse pouquinho de sempre.
Um bom exemplo é o bebê. A sua condição e força muscular, de pernas, bumbum, costas, não tem ainda aptidão para caminhar, mas do outro lado da sala está a sua mãe. Ela está lhe chamando, “vem com a mamãe!” com as mãos estendidas. O bebê quer chegar até a mãe e a sua mente racional, ainda não desenvolvida, não oferece resistência. O foco está na mãe e ele não questiona, apenas vai, e assim ele aprende a andar.
Outro exemplo está na bíblia, onde conta que uma tempestade se fez num momento em que os apóstolos aguardavam Jesus no barco. Tiveram medo, mas de repente a tempestade cessou e Jesus assombrou a todos se aproximando do barco caminhando sobre as águas. Todos o receberam com grande comoção. Pedro, que era o líder do grupo, fixando com muita fé os olhos do Mestre, tinha nele o seu foco, talvez por causa do seu estado emocional, simplesmente caminhou sem raciocinar, o que aconteceu naturalmente. Até que numa fração de segundos desviou o foco de suas forças para os próprios pés. Nesse momento a sua razão lhe disse – “Opa! Estou caminhando sobre a água como se fosse terra firme!” Então, de acordo com o arquivo marcado em sua mente desde criança de que não é possível andar sobre a água, ele pensa que isso não é possível, e nesse momento ele afunda.
Quando Freud, ainda como estudante, acompanhava os experimentos de hipnose do seu professor, chegou a conclusão de que a de mente uma criança é exatamente igual a mente inconsciente de uma pessoa em hipnose. Tudo o que for sugerido será verdade para essa mente, e o universo conspirará para trazer essa realidade à tona.
Um indivíduo em hipnose recebe a sugestão: “meia hora após sair da hipnose você andará pela sala de quatro pés como um animal.” Ao retornar ao estado normal não se lembra de nada, porém meia hora depois o indivíduo vai se disfarçando, se esgueirando e em pouco tempo põe-se de joelhos, caminhando pela sala. Geralmente se justifica e se desculpa por estar procurando uma moeda, ou um botão de sua roupa que sem querer deixou cair.
Por isso é preciso muito cuidado com o que sugerimos à mente das crianças, pois será a verdade para elas.

Um comentário:

  1. Muito bom, eu e o dado acabamos de ler, acredita que era justamente isso que estávamos precisando ler nesse momento?
    rs

    Beijoss

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